1-O que é que eu devo fazer?
2-O que é que queres fazer?
1-Não sei, não sei, não sei! Por isso é que te estou a pedir ajuda! Eu não faço a miníma ideia do que fazer.
2-Tu já sabes o que vou dizer... e já me disseste que isso não ajuda.
1-Não é que não ajude. Não quero parecer ingrato mas... eu preciso de algo menos vago que o... faz o que sentes e o que sentires, será o correcto.
2-Então mas se for para te dizer o que queres ouvir, não é preciso eu abrir a boca.
1-Não é isso que eu quero de ti. Eu quero que me inspires, que me digas algo que me faça decidir.
2-Quando estamos em encruzilhadas temos duas formas de fazer as coisas.
1-Sim.
2-Podes pesar os vários prós e contras, analisar tudo ao mais ínfimo pormenor, como se fosse um problema matemático e depois resolvê-lo.
1-Posso ser mau a matemática e errar as contas...
2-Podes nem sequer ter todas as parcelas necessárias da equação. No entanto, isso não quer dizer que sejas obrigado a falhar. A segunda é o que eu te falei. Sentires o que queres, conheceres-te e saberes qual é a decisão certa ou errada para ti.
1-Qualquer uma delas não me dá uma decisão a 100% daquilo que devo fazer.
2-Mas isso não existe. Não há certezas absolutas acerca de algo que ainda não aconteceu. O que pode haver é paz de espírito por sentires que tomas a decisão correcta, independentemente dos "ses" que ficam pendentes.
1-Não estou a sentir muita paz de espirito.
2-Não te estás a esforçar. Acho que estás a fazer um erro que eu cometi muitas vezes.
1-Qual?
2-Querer que alguém nos ajude a resolver os problemas, a fazer por nós aquilo que não conseguimos fazer sozinhos.
1-E porque é que nós fazemos isso?
2-Porque é mais fácil acreditar em nós próprios e para, caso algo falhe, tenhamos alguém a quem culpar que não nós próprios.
No comments:
Post a Comment